Brasão

Escudo Português terciado em faixa. A primeira, partida de dois traços, formando três campos, encerra no primeiro, de goles, meio galgo de prata sainte, coleirado de blau, tendo na boca um galho de limoeiro, frutado de ouro; no segundo, em campo de prata, pleno, um triângulo de goles; no terceiro, em campo de ouro, uma águia de sable distendida. Na segunda faixa, em campo de blau, uma cadeia de montanhas, de ouro, encimada em faixa por duas flores de lis, do mesmo metal. Na terceira faixa, em campo de sinople, dois escudetos postos, em faixa, carregados, o de destra por duas mãos que se apertam e o de sinistra por uma rosa herádica; em contra–chefe, uma aguado de prata, ondando de blau. Como suportes duas hastes de cana, na sua cor. No listal de blau, em caracteres de prata: 1781 – Lima Duarte – 1881. Tudo encimado pela coroa mural de cinco torres de prata.   Interpretação Na primeira faixa estão representados os fundadores da localidade que se distinguiram com o seu trabalho construtivo para o futuro, constantes dos timbres dos primeiros dirigentes municipais: o galdo de prata é de Delgado (Francisco Delgado Motta) e a águia de sable (preto) que é de Duque (João de Deus Duque). Ao centro, como homenagem especial ao Padre Manoel Rodrigues de Costa, natural do Município, o triângulo em goles (vermelho) da inconfidência, da qual fez parte. Na segunda, uma cadeia de montanhas, de ouro, representa a Serra de Ibitipoca, avistada pelos bandeirantes em 1692 e as montanhas da região em geral, nas quais se criou a riqueza com a extração do precioso metal. Em campo de blau (azul), simbolizando o território do Município, duas flores de lis, de ouro, representam as primitivas freguesias de Nossa Senhora da Conceição (Ibitipoca) e Nossa Senhora das Dores (Rio do Peixe). Na terceira, em campo de sinople (verde) em dois escudetes, em campo de prata, figuram com armas falantes, no primeiro duas mãos dadas de carnação e, no segundo, uma rosa heráldica, simbolizando, respectivamente, as virtudes do povo limaduartino através da história: fé e honra. O aguado de prata, ondado de blau (azul), representa o tradicional e calmo Rio do Peixe. Os suportes, duas hastes de cana, evocam a primitiva atividade, agrícola que sustentou a vida econômica da região. No listel da blau (azul), a inscrição em caracteres de prata: 1781 – LIMA DUARTE – 1881, evoca a primeiro data, a vista do Governador Dom Rodrigo José de Menezes, trazendo a lei ao território, e a segunda, a independência municipal. A coroa mural de cinco torres de prata é privativa das cidades. Significado das Cores Ouro – Força e Riqueza Prata – Candura e Lisura Blau (azul) – União e Concórdia Goles (vermelho) – Valor, Intrepidez e Justiça Sable (preto) – Ciência, Fartura e Fertilidade Sinople (verde) – Abundância, Riqueza Agrícola e Esperança O Brasão de Armas da Cidade de Lima Duarte foi projetado por Alexandre Miranda Delgado, baseado em pesquisas históricas e às indicações de Heráldica Portuguesa e executado pelo heraldista e desenhista Professor Alberto Lima, chefe do Gabinete Fotocartográfico do Ministério da Guerra e autor de grande numero de brasões municipais.